sexta-feira, 10 de setembro de 2010
Viva Viola - 60 cordas em Movimento no Teatro
Joaci Ornelas, Chico Lobo, Pereira da Viola, Wilson Dias, Bilora e Gustavo Guimarães - foto e texto (release para impressa)
Turne Estrada Real - Dia 10 de Setembro: 21:00 - Teatro Casa da Opera
Entrada Franca . Os ingressos devem ser adquiridos na bilheteira do Teatro
Vivaviola
Lançado com grande sucesso em outubro de 2008, no Teatro Alterosa, em Belo Horizonte. O projeto reúne os violeiros Bilora, Chico Lobo, Gustavo Guimarães, Joaci Ornelas, Pereira da Viola e Wilson Dias, compositores e intérpretes da autêntica música de viola.
Símbolo do coletivo, do mutirão, este projeto encadeia-se no processo de legitimação da viola caipira como marca da diversidade cultural brasileira. O espetáculo VivaViola é, de certa forma, uma referência aos sertões de minas, através de canções que refletem as vivências afetivo-sensorial deste grupo de cantadores comprometidos com a realidade social e os valores da cultura brasileira.
O “VivaViola” apresenta o universo da viola caipira em vista a sua importância e seu ressurgimento como expressão artístico-cultural. Revigora a existência de uma coletividade em torno da tradição, no âmbito da música mineira e brasileira.
Em matéria no dia 24 de outubro de 2008, em O Tempo, o jornalista Daniel Barbosa refere-se ao espetáculo como “Uma verdadeira esquadra da música de raiz (...) mutirão que lotou o teatro Alterosa durante três dias”.
O jornalista César Macedo, especial para o Hoje em Dia, 9 de novembro de 2008, na matéria “A hora da Viola” faz alusão a capacidade deste instrumento de reunir pessoas, de sensibilizar mentes e corações pela a força do seu sotaque ao mesmo tempo mágico e realista, pelas suas inúmeras possibilidades sonoras e melódicas.
De acordo com repórter Eduardo Tristão Girão, Jornal Estado Minas, 24 de outubro de 2008, o espetáculo definiu-se como “Seis Violeiros mineiros de ferentes origens e formação se encontram para provar que a viola tocada em minas está viva, pulsante; (...) mostrando o bom panorama da produção atual para o instrumento, sem deixar de lado tradição como cantigas rodas e folias de reis”.
Os artistas, cada qual com suas particularidades e estilos, naturais de diferentes lugares de Minas, apresentam músicas que retratam as influências dos lugares de onde vieram, em genuínas formas de expressão, como modas, batuques e toadas.
os violeiros
Fiel às suas origens, o violeiro Bilora – um dos mais premiados violeiros do Brasil – faz questão de ressaltar que “a viola representa a cultura popular brasileira do interior. Está presente na alma desse povo e tem cheiro de mato. O concerto é uma festa da música semeando o belo som da viola”.
Chico Lobo – um dos mais ativos violeiros do cenário nacional e internacional, idealizador e apresentador, desde 2003, do Programa de TV Viola Brasil, especial veículo de divulgação da viola em Minas Gerais além do programa O Canto da Viola veiculado pela Rádio Inconfidência -, ressalta a importância deste projeto: “É sempre bom juntar minha viola com a dos companheiros. A viola é de festa, é de mutirão, é de coletividade. Sendo assim, se uma viola já é bonita, imagina quando muitas se juntam numa cantoria certeira”.
Para Gustavo Guimarães – um dos legítimos representantes da nova geração da viola –, o concerto tem um significado especial por ser este um momento de afirmação e ascensão da viola. “É importante ressaltar também os princípios que giram em torno da música de viola, como a defesa de valores éticos, morais, culturais e espirituais”, aponta.
Joaci Ornelas tem seu trabalho ligado à viola caipira, como tradução musical desde o estilo renascentista, barroco, até os batuques e composições próprias. Ele afirma que este espetáculo tem dupla importância: pessoal e artística. “Primeiro, me coloca em contato direto com o trabalho musical de outros artistas. Segundo porque favorece uma troca de informações, sentimentos, experiências com artistas que acreditam numa vida mais justa e bela”. Além de músico, Joaci Ornelas desenvolve projetos de registros e produções culturais, recentemente produziu em cd o canto do Congado de Bom Jesus de Matozinhos e foi um dos responsáveis pela realização do I Seminário Nacional de Viola Caipira (evento que reuniu, em Belo Horizonte, em 2008, Mestres da Cultura Popular, pesquisadores alem dos principais violeiros do país).
Pereira da Viola, um dos artistas mais reconhecido de Minas e do Brasil, presidente da Associação Nacional dos Violeiros (ANVB), situa o concerto VivaViola no contexto do movimento nacional em torno deste instrumento. Ele afirma que, “Em Minas, sempre nos deparamos com um certo vazio, se comparado a São Paulo e até mesmo outros estados, no processo de identificação, estruturação e expansão deste movimento musical. Compreendo que este momento é profundamente oportuno, para esta ação coletiva que estamos desenvolvendo”.
A opinião de Wilson Dias – que tem direcionando sua carreira para o encontro entre a tradição e o urbano, com um viés especial para a cultura popular –, reforça poeticamente essa idéia da valorização da música de viola caipira, que vem crescendo a cada dia. Para ele, “cabe a todos nós o trabalho de manter enlaçados os fios que nos ligam, de maneira que a nossa rede de vida permaneça ‘redeviva’, em permanente frescor construtivo”.
fonte:Website do VivaViola (click aqui)
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Nenhum comentário:
Postar um comentário